quarta-feira, 27 de abril de 2011

Resenha "O que é Sociologia?"

Antes de iniciar a resenha, propriamente dita, deter-me-ei na nomenclatura que usarei ao texto resenhado, já que este não indica (nem mesmo nas pesquisas feitas no google) o gênero textual. Livro, provavelmente, não é, já que não há indicações editoriais. Então fico entre artigo e ensaio.
A título de esclarecimento (como professora de língua portuguesa me atrevo a fazê-lo, e nesse sentido desculpe-me o professor que solicitou a resenha e/ou resumo. Sei que estou desviando o assunto, mas chegamos lá, já, já...rsrsr):
Artigos são colunas sociais mais frequentemente encontradas em jornais e revistas, científicos ou não, onde o escritor tende expor sua opinião ao máximo objetiva para que possa dar a conhecer o assunto e convencer o leitor a concordar com as suas idéias. Já o ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, que expõe idéias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. Menos formal e mais flexível, consiste na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre ele.
Feitos os esclarecimentos, que julguei necessários, vamos à resenha do “ENSAIO”, já que, penso, seria este o gênero mais adequado ao texto escrito por Lázaro Curvelo Chaves, em 20 de janeiro de 2004. Caso não o seja, que se pronuncie o autor.
O ensaio não se detém, como se poderia presumir pelo título, a descrever a ciência que estuda a sociedade, ou o comportamento humano. Até porque esta já foi, há muito, explicada. A resposta à pergunta que faz no título não é, a priori, a maior preocupação do autor, já que, parece-nos, este se põe a refletir sobre a atual situação capitalista numa tentativa clara de se impor a esse regime, embora ciente das dificuldades, em face do amalgamado de ideologias em torno do capital.
A princípio o autor se detém na explicação histórica de como a humanidade chegou a esse ponto, em que o capital é o senhor, a religião, o ponto focal de todas as relações sociais, bem como a descrever a ascensão da burguesia, por meio de alianças entre burgueses, empregados, desempregados e desesperados e a queda da aristocracia e/ou monarquia antes vigente, porém, o passo seguinte é a dominação daqueles sobre estes.
Em seguida põe-se a traçar um panorama, trazendo à luz, estudiosos que contribuíram para o pensamento libertário da dominação burguesa-capitalista. Citando Karl Marx, deixa visível sua admiração pelo pensador e suas idéias revolucionárias e seu MATERILIASMO DIALÉTICO.
O próximo parágrafo é dedicado a depreciação ao pensamento de conteniano e durkheimiano que seriam, segundo ele, teorias em defesa dos pontos de vista burguês.
Retomando a descrição de autores que se identificam ao ponto de vista comunista, apresenta Weber e Lukács, a Escola de Frankfurt onde teóricos como Herbert Marcuse e outros resgatam a Dialética Materialista. Ainda, trás à luz a Teoria da Libertação, que, segundo filófosos contemporâneos é a grande contribuição da América Latina ao Saber Universal. Segundo esse pensamento, assim como o Império Romano negava o Cristianismo, a burguesia proclama morte ao comunismo, pelo que é chamado pelos teóricos da libertação de “pessimismo defensivo”.
Dessa forma, o autor finaliza seu apaixonado discurso dizendo-se convicto do Futuro Comunista da Humanidade. Para ele, embora não venha o nome “comunismo” a ser instaurado, por questões meramente de marketing político, seguramente, segundo ele, o futuro da humanidade não há de ser capitalista.

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