segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Foi dada a largada...

Foi oficialmente aberta, em 03 de julho, a temporada de caça ao voto. Caçadores afoitos, com fome de sucesso preparam suas armas, seu arsenal de guerra é minimamente inspecionado, as armas cuidadosamentes polidas, num discurso fantástico, capaz de convencer até os mais séticos. Profissionais do ramo são contratados, são os coronéis do voto, os marqueteiros que brilham na arte da persuasão. Tudo para consquistar a confiança das pobres e ingênuas presas que se encantam e se envaidecem com tantas honrarias, mesmo que seja pelo cruel fato de serem abatidas, sem dó nem piedade, mesmo assim, esse tratamento planejado, exclusivamente pensado, moldado a seus anseios, tem um poder desvatador sobre seu ego, e, pobrezinhas, caem como passáros nos encantos da serpente.

Dr. Hollywood

Mais uma noite de domingo e eu, que não consigo dormir cedo, fiquei com o controle da tv na mão, mudando de canal a cada 5 minutos (meu marido detesta isso). Gosto de assistir, quando não tem outra coisa melhor, o programa Dr. Hollywood, um reality show exibido pela Rede TV, que mostra os bastidores das cirurgias pláticas dos mais badalados cirurgiões de Berverly Hills.
Robert Rey, que comanda o programa junto com a apresentadora Dani Albuquerque, é filho do engenheiro estadunidense Robert Miguel Rey, que se naturalizou brasileiro e casou-se com a gaúcha Avelina Reisdörfer. Ele foi para os Estados Unidos aos doze anos de idade por intermédio dos missionários americanos mórmons, que viam que seus pais não teriam condições de sustentá-lo nem aos seus três irmãos.
Feitas as apresentações, vamos voltar ao programa, que ontem, chamou minha atenção por dois fatores: a negativa do Dr, Rey em reaizar uma cirurgia que apresentava risco à paciente, e a revelação do Dr. sobre o desejo de visitar o pai, que está doente, no Brasil.
Uma paciente, perfeita, diga-se de passagem, procura a Clínica do Dr. Rey para realizar um implante de bumbum, no entanto em sua ficha médica, aparece a menção de problemas cardíacos. Dr Rey diz que teve algum tipo de pressentimento de que algo terrível poderia acontecer na cirurgia e encaminha a paciente a um especialista, para exames e uma "autorização" para realizar o procedimento, e, mesmo com o sinal verde do médico, Dr. Rey diz que não está se sentindo à vontade com a cirurgia e por isso não a realizaria. A paciente fica visivelmente frustada, mas diante das circustâncias, agradece o cuidado do Dr. Achei a atitude digna, pois como esse mercado se tornou uma verdadeira indústria da beleza que põe em risco à vida e leva centenas de pessoas à morte, é bom ver que existem profissioanais comprometidos com a segurança de seus pacientes. Me animei até em fazer a cirrurgia que sonho. Será que o Dr. Rey me faria um precinho camarada?
Em relação à possivel viagem do Dr. ao Brasil, me comovi com a sua história, pois seu pai não deixou nele boas impressões. "Meu pai era um monstro, e minha mãe não tinha voz. Fiquei contentíssimo de sair daquilo. Tive um pai abusivo." disse ele em certa estrevista. Em outra entrevista ele disse que seu pai foi "um total idiota, um mulherengo e um bêbado."
Mas agora com o pai doente, o filho está disposto a perdoá-lo e vir vê-lo no Brasil. O dilema que enfrenta, no entanto, não é em relação a um possivel perdão ou não, mas porque sua esposa Hayley Rey não quer que ele venha. Para ela, o pai não merece essa consideração. Será que ele vem?

Bem acho que esse programa conseguiu minha atenção por mais de 5 minutos!